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Para entendermos a cultura precisamos, primeiramente, compreender que o termo é usado de forma genérica para expressar valores e práticas humanas que não são próprias da natureza, direcionando as artes e/ou pesquisas antropológicas voltadas para as ciências humanas. Uma vez dito isso, continuemos:

A cultura, independente da área, precisa constantemente provar o seu valor, pois a mesma é desvalorizada pelo mercado, mesmo com diferentes produtores culturais lutando para que essa se destaque. Contudo, o mercado é implacável e, na maioria das vezes, irão permanecer e crescer àquelas artes (produtos) com capacidade de destaque e possibilidade de transformação em objeto industrializado – feito para massa. Caso tenha alguma dúvida, analise os primórdios de Hollywood, Globo e, mudando o painel, da literatura. Qual foi a ultima vez que você leu algo como Ernest Hemingway ou José Saramago?!

Bom, teoricamente, é normal analisarmos que a cultura tende a sofrer mudanças passíveis de erro. Entretanto, faço outra pergunta: Erro?! – Será que estamos vivendo um momento de erro ou uma avalanche de cultura inútil e profissionais que acham que a resposta sempre estará no Google. Não desmerecendo a ferramenta, longe disso, dentro da empresa existem profissionais altamente qualificados, pelas chamadas ciências duras, capazes de fazer grande parte do trabalho para outros mesmo estando a milhares de quilômetros de distância. O que quero dizer é que qualquer pessoa vem entoando a voz para dizer que é “artista” hoje em dia. Particularmente, acho possível qualquer um ser artista, independente da arte, ela continua sendo uma profissão. E, parafraseando um antigo professor francês e fundador de uma das melhores escolas de atuação do mundo: “Um profissão se aprende!”.

Isso, se aprende! Nada vem fácil. Ninguém nasce médico. Pode até nascer com a facilidade para se tornar um, mas nenhum hospital contrata um médico sem qualificações. Saber por quê? Ele mataria o paciente! – Agora, me explique o motivo de péssimos profissionais que não gostam de estudar, não praticam a sua arte, não valorizam o seu trabalho e, principalmente, que não respeitam o trabalho alheio, insistirem em querer tomar o espaço de outros? … (Silêncio!!!) …

A resposta seria um silêncio! Por dois únicos motivos: a maior parte das pessoas iria cavar, mas continuaria sem entender o real motivo; e a outra parte, ahh, essa iria arrumar qualquer assunto para poder comentar . Ou seja, no final, o quadro fica assim: Erro x Arte x Ego x Mercado!

Não é feio ter “EGO”, e nem mesmo um pouco de arrogância, afinal se você não se apreciar, quem o faria por você?! – Também não é o fim do mundo cometer “ERROS”, pois pessoas muito mais inteligentes do que você já erraram também. – O “MERCADO” é o responsável por pagar suas contas. O produto precisa ser vendido ou, infelizmente, poderá acumular poeira e ser desmerecido. E a “ARTE”, essa é uma dadiva desenvolvida ao longo dos anos, por pessoas que se entregaram de corpo e alma. Pessoas que falharam, choraram, enxugaram as lágrimas e continuaram caminhando em busca do tão almejado sonho. Atitudes essas que solidificaram a cultura para que essa pudesse chegar aos dias atuais. Para que você pudesse usufruir dessa e continuar com o desenvolvimento da mesma e não arquitetar sua destruição.

Sendo assim, pensem antes de entrarem nessa ou em qualquer profissão. Busquem qualificações, qualquer um pode aprender só precisa de dedicação. Tenha a sua “arte” como um negócio. Dedique-se a ela, lute para que não tenha dúvidas amanha e, se mesmo assim, você falhar ou alguém te atrapalhar, você poderá seguir dois caminhos: Desistir, pois não é certo jogar dinheiro fora; ou Recuar para recomeçar, visto que, nas palavras de Henry Ford: “O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.”

D.G

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