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Quem me conhece já deve ter escutado essa história. É algo que aconteceu comigo que guardo profundamente. Eu não guardo mágoas, mas isso foi pior que um soco no estômago.

Há alguns anos atrás, quando eu ainda era aprendiz, dava aulas particulares e era monitora de algumas turmas de dança, um aluno veio até a mim e perguntou:

– Querida, o que você faz da vida? – Eu respondi – Danço!

Claro que não parou por aí. Logo após ele continuou:

– Não foi isso que quis dizer. Perguntei com o que você trabalha?!

Eu respondi “dança” novamente. Porém o que quero dizer com tudo isso – não irei até o final da história pois não vale a pena – é que as pessoas não tem ideia do quanto batalhamos e trabalhamos para conseguir alguma coisa no mundo artístico.

A vida de um artista começa desde a hora que ele acorda e permanece até mesmo em seus sonhos na hora de dormir. São dias, meses, anos e principalmente finais de semanas de sacrifícios.

É fácil para quem está de fora falar qualquer coisa sobre o assunto. E, infelizmente, as pessoas não medem palavras para julgar o que fazemos. Mas a verdade é que ninguém de fora do meio duraria 1 mês trabalhando como nós. Não é supervalorizando nossas escolhas, mas sim, vendo nossa dedicação diária, quase obsessiva, pela arte.

Eu já fiquei anos sem ter férias para trabalhar, deixei de passar Natal e Ano Novo com a família, Carnaval com os primos, momentos especiais e aniversário de pessoas que amo, tudo por amor ao que faço! Tudo por que esse é o meu trabalho. Enquanto alguns se divertem dançando, indo ao teatro e assistindo um filme, eu danço, ensino a dançar, atuo e produzo filmes. Cada um tem o seu lado, eu pelo menos posso desfrutar dos dois!

A.B

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