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2015 – Um ano de aprendizado

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Quando o ano de 2014 estava acabando, eu imaginei que tinha tudo programado para um ano novo repleto de tranquilidade. Pensei que minha organização pessoal e profissional estava completa e que tudo daria certo nos próximos 365 dias. Passei as festas focado no que tinha que resolver logo em janeiro e, sucessivamente, os meses seguintes. Quando 2015 começou, nada era diferente do que tinha supostamente “calculado” para àquela nova etapa da minha vida e de meus projetos. Contudo, naquele mesmo mês uma pequena tempestade já anunciava que o ano seria muito mais difícil que o seu antecessor. E foi o que realmente aconteceu…

Eu não estava completamente preparado para o que pretendia fazer e o maior motivo daquilo se dava por uma mania boba de querer facilitar muito a vida dos outros, seja outros profissionais e/ou amigos pessoais. Ou seja: numa tentativa de ajudá-los a desenvolver a própria carreira ou seguir um rumo certo na vida, eu esquecia de me preocupar comigo mesmo, meus projetos e com pessoas que realmente mereciam um tempo do meu tempo. Sendo assim, aos poucos, mesmo com tudo ficando mais claro, eu continuei persistindo em querer ajudar, sem saber diferenciar o joio do trigo, e isso foi me atrapalhando até consumir a última gota. E é quando estamos secos, sem mel para adoçar a vida dos outros que percebemos o quanto perdemos do tempo. E ele, o tempo, é cruel, lhe atinge deixando marcas difíceis de cicatrizar. Entretanto, essa crueldade torna-se uma grande e inesquecível professora em nossas vidas, sabe àquelas pessoas que passam na sua vida, lhe ensinam algo importante, desaparecem, e anos depois você ainda lembra delas?! Então, a minha última e preciosa foi a crueldade marcada pelo tempo! Com ela, eu aprendi a observar o momento, as pessoas e, principalmente, meus próprio caminhar.

Com o passar dos dias, semanas e meses, fui obrigado a ter mais paciência e aprender a recuar para analisar melhor o caminho que faria a seguir. O que me levou a entender que para realizar algo ainda melhor era necessário assumir os erros, entendê-los para aprender com esses. Reconhecer as pessoas que realmente interessavam e acrescentavam na minha vida foi uma parte difícil, mas me obriguei a sofrer um pouco, me afastar de todos e sentir quais eram boas energias que emanavam. Foi uma limpa! De verdade. Àqueles que reclamavam sem solução, falavam dos outros sem motivo ou apontavam defeitos sem antes olhar para dentro da própria casa, foram os primeiros de quem me afastei. Em seguida, com algumas duvidas, fui obrigado a olhar mais de perto algumas pessoas, reaproximar de outras para ter a certeza se me faziam bem. Porém, como um bom ser humano, errei com determinadas pessoas e tive que mais uma vez perder tempo. Mas, saí ainda mais experiente. E, de certa forma, vitorioso.

Foi duro, mas valeu a pena! O engraçado é que, no início, é difícil imaginar uma limpeza dessas na vida. Cada um nomeia da forma que acha melhor mas, para mim, foi algo surpreendente. Quanto mais eu me afastava das energias negativas, mais portas se abriam para que eu pudesse olhar o mundo de um outro ângulo. Era simplesmente maravilhoso! Oportunidades na vida pessoal e profissional foram surgindo, o que me levou a levar isso tudo muito mais a sério do que eu pretendia lá atrás. Com isso, passei a analisar melhor cada aspecto de minha vida e de pessoas que ainda estavam interligadas a mim. Percebi que eu não precisava deixar de ajudar, bastava não fazer o trabalho para essas pessoas e, sim, indicar formas de efetuá-lo. Afinal, também posso precisar de dicas em diferentes momentos e gostaria (SIM) de recebê-las.

A organização foi geral e bastante reflexiva. Junto ao que tinha pensado no fim de 2014, fui esmiuçando meus erros e loucuras. Ao que vivi em 2015, vislumbrei os acertos e cavei outras jogadas erradas. Assim, desenvolvi um relatório de vida e percebi que existem diversas formas de ser feliz, conquistar o que deseja e/ou transformar “sonhos” em realidade. Embora complicado e doloroso, é possível! Mas, primeiro, é necessário abaixar a cabeça, olhar para atrás e reconhecer cada uma das falhas. É preciso aprender a viver como um verdadeiro ser humano, lembrar que pensar nos outros é importante, mas nunca acima de você mesmo. É primordial enxergar as curvas, praticamente, invisíveis durante uma jornada. E, tão importante quando os outros, é essencial acreditar em você mesmo, entender que todos somos iguais, independente de profissão. Somos pessoas, ninguém além do que somos, muito menos além dos outros.

D.G

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